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Tei da Vida Educao para os Direitos Humanos b5u2c

I Encontro Norte/Nordeste de Educao
em Direitos Humanos

Roberto Monte*

Histrico

As aes desenvolvidas na rea de Educao para os Direitos Humanos no Estado do RN, aconteceram paralelamente a evoluo dos direitos humanos no nosso pas, considerando o perodo do incio da abertura democrtica at nossos dias.

A partir das lutas pela Anistia, teve um papel preponderante o trabalho da Igreja Catlica do RN, atravs de sua Comisso de Justia e Paz, que funcionou entre os anos de 1978 a 1986.

Como em nosso Estado aconteceu o chamado Movimento de Natal, que teve como pontos altos a criao das CEBs, a Educao Radiofnica (a Rdio Rural ao MEB), a Campanha da Fraternidade, o Programa de Educao Poltica do SAR - Servio de Assistncia Rural, evidente que mesmo em um perodo transitrio entre a Ditadura Militar e a Abertura Poltica, muito de nossas aes de Cristos engajados estavam eivados de tais experincias.

Em 1986 foi feita uma transio entre a CJP e o nascente CDHMP - Centro de Direitos Humanos e Memria Popular, herdeiro histrico e continuador das lutas at ento travadas.

Estivemos presentes desde a fundao do MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos e continuamos em toda a trajetria que foi a evoluo da luta dos Direitos Humanos no Brasil, entre os anos 80/90.

Nossa experincia na Rdio Rural(programa de rdio semanal) comea em 1981, trabalhos tendo como base a Campanha da Fraternidade, a Constituinte (1986) com debates nas comunidades, Educao Poltica em pocas de eleies levam-nos em 1991 a um Curso sobre Pena de Morte, em que criamos um grupo de multiplicadores para tal temtica, convergindo em 1992 para a criao do Comit em Defesa da vida, frum de aglutinao de todos aqueles que tentavam sair da mera denncia e entrarem na questo de formulao de polticas pblicas, trazendo para o nosso Estado uma discusso viva com expoentes locais, regionais e nacionais, como D. Paulo Evaristo Arns (lanamos o Brasil Nunca Mais), D.Helder Cmara (I Noite da No-Violncia, no Estdio Machado, com cerca de 40.000 pessoas presentes), Dalmo Dallari, Miriam Mesquita Pugliesi de Castro (NEV/USP), Cel.Nazar Cerqueira, Gislio Cerqueira (RJ), Hlio Bicudo (Centro Santo Dias), Leonardo Boff, Derm Azevedo, Marisa Formolo Dalla Vecchia, Augustino Veit, Pedro Wilson Guimares, Waldemar de Oliveira Neto (todos do MNDH), entre diversos personagens de reconstruo dos direitos humanos no Brasil.

Os Encontros Nacionais, Regionais e Estaduais do MNDH comeam a plasmar novos tempos e novas vises.

Da Rdio Rural para slides foi um pulo s, chegando no ano de 1987 ao vdeo, atravs de uma Oficina de Comunicao em que fomos at Teixeira de Freitas(BA). Tempos de ABVP - Associao Brasileira de Vdeo Popular. Tempos de Regina Festa, Luiz Fernando Santoro, de TV Viva, que culminou com a TV Memria Popular.

Em 1994 so tempos em que termos como Realidade Virtual, ciberespao, s comeamos achar que rimava com cidadania, chegamos a formulao de novas (ciber) cidadanias.

Eis que surge, no bojo de lutas contra grupos de extermnio, a DHnet - Rede de Telemtica Direitos Humanos & Cultura. Mas, j tnhamos iniciado um trabalho em um Bairro chamado Cidade da Esperana e nossos sonhos/experincias j tinham ido para escolas particulares. poca que conhecemos o trabalho de Educao em Direitos Humanos feito pela Arquidiocese de So Paulo. Nas nossas idas a So Paulo, com que avidez devorvamos o material que Margarida Genevois e seu grupo comeava a publicar, descambando em um livro bsico: Direitos Humanos - Pautas de Uma Educao Libertadora, de Juan Jos Mosca e Luiz Prez Aguirre.

Partindo de todos esses pressupostos e de tais variveis, ousamos ir mais adiante. Como comear a trabalhar no s a questo da Educao para os Direitos Humanos (prioridade desde nossa avaliao de 1995), mas inserir tais elementos dentro de um esquema em que a TICA, A POTICA e a ESTTICA tambm fosse o nosso anima, ferramentas de um novo modo de fazer/realizar/praticar Direitos Humanos. No s DIREITOS, mas tambm DESEJOS HUMANOS.

Encontros Estaduais renovados, Prmios Estaduais de Direitos Humanos (desde 1994), Prmio Jornalstico na esteira do Wlademir Herzog, criaram as experincias existentes na rea de direitos humanos no Estado do Rio Grande do Norte, que hoje tenta ampliar tais lutas com o nascente Plano Estadual de Direitos Humanos, o PROVITA - Programa de Proteo a Testemunhas (o segundo do pas, seguindo, com molho potiguar, experincia congnere de Pernambuco).

Experincias Exitosas no Estado do RN

01 - Educao para os Direitos Humanos na Cidade da Esperana

(CDHMP)

Tal experincia comea com uma pesquisa que o CDHMP faz com comunitrios da Cidade da Esperana, comunidade na periferia de Natal, sobre a Percepo dos Comunitrios sobre a questo da Violncia.

O resultado o incio (1992) de nosso efetivo e planejado acerca da Educao versus Direitos Humanos. Tal experincia culmina com a TV Memria Popular, vetor de todo o nosso com a comunidade, com cerca de 20.000 moradores. Com uma equipe mista moradores/integrantes do CDHMP, um programa de variedades comea a ser disseminada em toda a comunidade.

Nada nos escapa: fim de missa, festas de Padroeira, festas de So Joo, ruas. Problemticas comeam a aparecer na rea da violncia, como a questo da Boite Ciclone, que a comunidade acaba fechando.

Terminada a fase da TV Comunitria da Cidade da Esperana, comea o enraizamento da experincia atravs da Escola Estadual Lauro de Castro(1995). Educao para os Direitos Humanos entra na grade curricular dos alunos da oitava srie, o Teatro de Rua entra em cena, para dar aquele toque que falamos acima.

O desafio atual: como colocar tal experincia na discusso do Plano Estadual de Direitos Humanos, como ampliar as parcerias e partir para uma coisa concreta, no apenas palavreado. Como ir a prxis?

02 - Colgio Dinmico - Escola Particular

Em 1995 tal Escola da Rede Privada implantou as disciplinas de Relaes Humanas no primeiro grau - 7 e 8.a sries - e Filosofia e Sociologia no segundo grau - 1 e 2o anos,- respectivamente.

A inteno da escola em inserir tais disciplinas no currculo, partiu de uma necessidade de conscientizar os adolescentes da escola que em plena turbulncia, caracterstica da prpria fase, encontravam-se inquietos transgredindo algumas normas estabelecidas pela escola e ainda apresentavam problemas de relacionamento pessoal uns com os outros.

Em 1996, integrantes de nossa experincia da Cidade da Esperana assumem tal cadeira, fazendo uma conexo entre a experincia da Cidade da Esperana e o Colgio Dinmico.

03 - DHnet - Rede de Telemtica Direitos Humanos & Cultura

(Digitar, ar, Interagir!!!)

Da mesma maneira que a Rede Brasileira de Educao em Direitos Humanos uma espcie de "filhote" da CJP/So Paulo, o Centro de Direitos Humanos e Memria Popular gera um rebento no ano de 1995: a DHnet, o primeiro provedor de informaes inteiramente dedicado a Direitos Humanos no Brasil, sendo hoje o maior Banco de Dados acerca de DH no nosso pas, agregando pginas das mais diversas entidades/instituies, como o MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos, da nossa Rede Brasileira de Educao em Direitos Humanos, da Human Rights Watch - Pgina em Lingua Portuguesa, do PROVITA-RN, do Plano Estadual de Direitos Humanos, tendo ainda pginas da Prelazia de Cristalndia (TO), e por a vai...Tal experincia abriu para todos ns um mundo novo de possibilidades. Novos pblicos e novas formas de atuao, agregando a tudo isso o formidvel mundo das coisas multimdias.

Atualmente estamos preparando um curso de direitos humanos online, denominado CiberOficina de Direitos Humanos, com cerca de 08 mdulos, utilizando todo o acmulo que vai do SERPAJ, da REDE, da UNESCO indo at as Oficinas Pedaggicas de DH do Novamrica. Tal curso, verso ciberntica de um estudo que fizemos em 1993 de um Telecurso Direitos Humanos, ser com certeza, um marco decodificador na expanso de uma popularizao dos direitos humanos para alunos de primeiros e segundos graus, utilizando de forma radical, aquilo que parafraseando Pierre Levy, chamamos Direitos Humanos em tempo real.

Concluso das Experincias do RN

Tais so as experincias levadas a cabo no estado do Rio Grande do Norte, que teve que utilizar a ousadia como forma de sobrevivncia.

Somos um grupo de militantes histricos, que tiveram uma atuao quase que pica na consolidao de uma cultura de direitos humanos no nosso estado.

Travamos lutas com grupos de extermnio, tivemos o companheiro Gilson Nogueira brutalmente assassinado, cujos assassinos continuam at hoje impunes.

Tentamos sair do lugar comum jurssico e partimos para a luta, utilizando as ferramentas que a tecnologia e os tempos de globalizao coloca em nossas mos e em nossas cabeas. Utilizar tais meios fez-nos ocupar espaos, consolidar propostas e ousar trabalhar a questo da educao como faziam aqueles combatentes do Vietn ocupado: todo ato um ato poltico e de educao.

Trabalhar coraes e mentes.

Tornar a questo do encantamento e da seduo elementos de aglutinao.

Fortalecer a auto-estima.

Tornar os Direitos como meio de chegar aos Desejos.

Trabalhar a opinio pblica.

Termos a ousadia de reinventar nossa utopia.

Re-trabalhar a esperana para termos convico de nossos propsitos. Os militantes de direitos humanos, segundo o Prof.Roberto Aguiar, parecem que perderam o teso... Mais do que isso, parecem que perderam um pouco da alma. H uma espcie de burocratizao em todos ns. s olhar em nossa volta. Estamos ficando sisudos em demasia...

Sermos no s militantes de direitos humanos, MAS principalmente, sermos militantes com ALEGRIA. Da TRANSFORMAO.

Ousar, Ousar siempre, algum j disse.

* Roberto Monte militante de direitos humanos desde o ano de 1980. Ex-Presidente da Comisso Justia e Paz da Arquidiocese de Natal, Atual Coordenador do CDHMP - Centro de Direitos Humanos e Memria Popular (Natal-RN)

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