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Militantes Reprimidos no Rio Grande do Norte
Raimundo Ubirajara de Macedo

Livros e Publicaes

... e l fora se falava em liberdade
Ubirajara Macedo, Sebo Vermelho 2001

As punies

No me lembro do que ocorreu a vrios companheiros depois da Anistia. Com a ajuda dos irmos Paulo Oliveira e Guaracy soube que depois do relatrio apresentado pelos policiais Carlos Veras e Jos Domingos, vindos de Recife para apurar a “subverso” no Rio Grande do Norte, foram demitidos pelo Governo Aluizio Alves, por fora do Ato Institucional n 1: Carlos Lima, do gabinete do Prefeito; Paulo Frassinetti de Oliveira, da Secretaria Municipal; Guaracy Queiroz Oliveira, da Cmara Municipal de Natal, e Moacyr de Ges, do gabinete do Prefeito. Posteriormente, todos eles foram reintegrados judicialmente aos seus respectivos cargos, com seus direitos e vantagens assegurados.

Fugindo da rea estadual, mais precisamente nos Correios e Telgrafos citamos aqui o caso de Luiz Gonzaga de Souza, telegrafista que na poca da “gloriosa” era o diretor regional. Luiz, que ainda ou alguns meses preso em uma delegacia das Rocas, juntamente com o professor Jos Fernandes Machado, logo depois da anistia foi chamado sua antiga repartio para optar se continuaria a trabalhar ou se suja esposa continuaria a receber a penso que estava recebendo como se fosse viva. Ele no quis nem uma coisa nem outra e disse para lhe oferecia tais benesses: “Nada quero. O que desejo que me deixem em paz, porque tenho coragem suficiente para exercer minha profisso”. E foi trabalhar em Currais Novos como professor. Foi ainda perseguido, pois havia sido nomeado para lecionar numa escola municipal daquela cidade, mas o prefeito recebeu ordens para desfazer o ato de nomeao , uma vez que o nomeado era “comunista perigoso”, e assim jogaria as crianas daquela cidade no “inferno vermelho”. O governador de ento, Cortez Pereira, interviu a favor de Luiz, e o ato foi mantido. Mas o nosso poeta no aceitou e foi lecionar em um colgio particular, num gesto muito digno, por sinal. Diga-se de agem que a ordem para desfazer o ato de nomeao do professor partiu do Comando Militar em Natal. Jos Fernandes tambm no aceitou voltar para os Correios depois da anistia. Sua esposa renunciou a imoral penso (de marido vivo) e Machado foi nomeado para a Universidade, depois de aprovado em concurso. Foi outra luta, porque os milicos no queriam que o homem trabalhasse, mas com muita dignidade, o reitor na poca, Digenes da Cunha Lima, atuou firme e manteve a nomeao de Jos Fernandes Machado.

E se pergunta agora: “Qu anistia foi essa?” Depois de certo tempo, Fernandes fez concurso para Juiz de Direito, tendo sido aprovado. A, outra luta para ser nomeado. Infelizmente, pouco depois ele se foi, ficando a saudade de um homem que nunca se dobrou aos poderosos. No tenho informaes a respeito de Moiss Grilo, outro grande batalhador pelas causas populares. Mas sei que est tranquilo com sua famlia e com a mesma dignidade que sempre o marcou. No podia nem esperar outra coisa de um homem honesto, trabalhador e srio como sempre foi o nosso Moiss Grilo.

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