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Um "Manifesto Comunista" para o sculo 21

Livro causa polmica ao defender uma "globalizao democrtica" em oposio a uma "globalizao capitalista"

Se muitos imprios foram declarados ao longo dos ltimos dois mil anos, s agora o conceito est se realizando integralmente, pois a primeira vez que se v uma forma verdadeiramente ilimitada de poder, que ultraa a prpria noo de Estado. Essa a premissa do livro "Empire" (Imprio), de Antonio Negri e Michael Hardt, publicado recentemente nos Estados Unidos pela editora da universidade Harvard. A edio brasileira ser lanada no ano que vem, pela Record.

Na edio de 24 de setembro, o Caderno Mais da Folha de S. Paulo dedica amplo espao a essa obra polmica. Alm de uma entrevista com os autores, a obra analisada por Andr Singer, Slavoj Zizek e Robert Kurz.

Na entrevista, o cientista social e filsofo italiano Antonio Negri e o professor de literatura e filosofia na Universidade Duke (EUA) afirmam que o imprio bom em si mesmo, mas no bom para si mesmo, conforme trecho que reproduzimos a seguir.

FSP - O que significa dizer que o Imprio "bom em si mesmo", mas no "para si mesmo"?

Hardt - Estamos jogando com a terminologia hegeliana quando dizemos isso e estamos tentando explicar que, apesar de a criao do Imprio trazer devastadoras e violentas estruturas de opresso e explorao, ela tambm cria as condies para a libertao. Um modo de entender essa afirmao conceb-la em termos dos processos contemporneos de globalizao capitalista. verdade que a globalizao capitalista trouxe formas novas e mais intensas de explorao mundo afora, mas isso no significa que ns devamos tentar ressuscitar os poderes do Estado-nao como uma defesa contra a globalizao. O que afirmamos que a globalizao capitalista atual apresenta as condies para uma globalizao no-capitalista alternativa. Isso tem a ver, eu creio, com muito da confuso sobre os movimentos de protesto contra a Organizao Mundial do Comrcio em Seattle no ano ado, bem como aqueles contra o FMI (Fundo Monetrio Internacional) e o Banco Mundial em Washington e, logo, logo, novamente em Praga. Esses movimentos so sempre vistos na mdia como sendo contra a globalizao, mas isso no verdade. A vasta maioria dos envolvidos so contra a forma atual de globalizao, contra a globalizao capitalista, e favorveis a uma globalizao nova, democrtica. A tarefa que eles colocam, para a qual aponta nosso livro, transformar a atual globalizao capitalista em uma globalizao democrtica.

Negri - Tentamos entender um conceito fundamental de nossa pesquisa: a internacionalizao, a liberdade de movimento sobre a cena mundial, o cosmopolitismo intelectual etc. so virtudes que - desde sempre - foram prprias da classe operria e do proletariado (branco ou negro, verde ou amarelo)...

Toda a histria das lutas contra a explorao pressiona contra as leis do Estado e os seus limites "nacionais". O mercado mundial, a superao da misria, das burguesias nacionais, a internacionalizao das trocas foram sempre um objetivo das revoltas e revolues proletrias (brancas, negras, amarelas, anrquicas ou bolcheviques que fossem). Do nosso ponto de vista (ponto de vista que desejava interpretar o movimento proletrio), a mundializao , portanto, um bem. O capitalismo foi constrangido a se globalizar (no uma novidade, mas uma lei histrica, que o capital seja sempre seguido de lutas proletrias e operrias).

Mas, agora que o capital foi constrangido a desenvolver o Imprio, essa nova forma constitucional de exerccio do poder, ns podemos reconhecer que o Imprio o nosso inimigo e combat-lo, em base internacional, dentro de movimentos antagonistas globais, em torno de objetivos de "cidadania imperial" (com relao mobilidade, ao salrio, apropriao e distribuio do saber etc.)

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