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253n5s

Declarao Universal dos Direitos da Revoluo Permanente
Declarao formal de guerra potica para tomar o cu por assalto
O surrealismo est vivo e lana-se ao

Leia-se e multiplique-se

Considerando:

a) que cada dia que a so cada vez mais as perverses escravagistas dos Imprios e dos seus cmplices

b) que a misria cresce, o crime cresce, a injustia cresce, as ameaas crescem

c) que est em marcha um ataque armado imperial para cancelar definitivamente a liberdade

d) que somos refns das ditaduras financeiras, bancrias, clericais, miditicas, legalides, politiqueiras e moralistas

e) que no temos descanso nem nos deixam respirar

f) que pretendem usurpar-nos a vida e a esperana

g) que semearam com mortos os nossos sonhos e viglias

h) que o medo inunda as noites e dias com noticirios, embargos judiciais e moral policial

i) que o terror tem cotao nas bolsas

j) que estamos acorrentados aos fios da conscincia

k) que a podrido e a pouca vergonha desfilam triunfalmente pelas avenidas da impunidade

l) que a democracia fica desfigurada com a mais despudorada campanha nacionalista, fascista e patrioteira

m) que converteram o trabalho numa carnificina

n) que arrastamos pelas ruas as nossas depresses e cansaos como alma escondidas nas sombras elpticas dos abutres

o) que a fome nos tira lascas 365 vezes por minuto

p) que a humilhao goza de perfeita sade

q) que o desemprego um grande negcio

r) que tudo ainda vel de piorar

s) que isto j no assunto de caciques

t) que somos o alvo

u) que eles fabricam cada dia mais e melhores armas

v) que se votarmos neles seremos ento seus

w) que no h tempo a perder. Que a conscincia do nosso atraso no suficiente

x) que o nosso trabalho, tal como est, faz-nos cada vez mais escravos e mais miserveis

y) que eles esto organizados e se preparam para nos dar o golpe final
z) que no basta unirmo-nos… preciso organizarmo-nos revolucionarmente
Promulgamos...

Real Declarao Universal
dos Direitos da Revoluo Permanente
(e as suas permanentes obrigaes)

I. Todos os seres humanos podem, devem e precisam ser revolucionrios. A partir de hoje ser obrigao e direito de todos executar pelo menos trs aes revolucionrias dirias contra qualquer sinal de escravido fsica e mental.

II. Ser reconhecida como revolucionria toda aquela ao organizada que contribua direta ou indiretamente, objetiva ou subjetivamente, para dar por terminado o modo escravagista e de explorao criado pelo capitalismo imperial.

III. Esta declarao prope o amor e a poesia como formas supremas da revoluo. Toda a indiferena face revoluo ser considerado como delito de lesa-majestade

IV. A mansido, docilidade e inatividade complacentes para com o capitalismo sero consideradas indecentes e imorais

V. Est proibida qualquer revoluo na solido. (salvo casos excepcionais ou extremos). dever e direito de toda a pessoa, que se respeite, construir a revoluo acompanhado. mais produtivo, mais seguro e mais saboroso.

VI. Ser propsito de cada ato de amor honesto e cotidiano converter-se em revoluo que liberte corpos e espritos para uma vida digna, dentro do possvel, ainda que no parea.

VII. prerrogativa e obrigao da humanidade contribuir para a construo de uma grande frente nica revolucionria (a Revoluo Mundial) que ser com a maior brevidade convertida num poema coletivo para a redistribuio eqitativa da felicidade e justia. Tudo isto est nas nossas mos, isto , de todos ns.

VIII. certo que no basta ser rebelde, mas h que comear por alguma coisa. Quando comear a grande revoluo mundial, o que s acontecer quando toda a opresso, escravatura e explorao estejam desterradas, manter-nos-emos revolucionrios para no nos transformarmos no seu contrrio.

IX. preciso que a revoluo se expresse por todas as reas da vida. Por isso, daqui para diante, ser necessrio sermos revolucionrios nos sonhos e no descanso, nos jogos e nos trabalhos, pblica e em privado. Ser prerrogativa de todo o revolucionrio produzir beijos revolucionrios, abraos revolucionrios, carcias revolucionrias. Cincia, artes, filosofias e ofcios revolucionrios. No h desculpas para no se amar em revoluo crescente e postergar um minuto que seja os mandatos do desejo.

X. Esta declarao uma declarao de guerra contra toda a hegemonia da razo sobre os instintos e vice-versa. uma declarao contra a separao entre a conscincia e o inconsciente. uma declarao de guerra contra a separao entre o esprito e o corpo. uma declarao de guerra contra a separao do trabalho intelectual e o trabalho manual. uma declarao de guerra contra a separao entre a riqueza material e os povos que a produzam. Contra a propriedade privada.

XI. Esta declarao uma declarao de guerra contra a apatia, a desorganizao, a depresso, a mediocridade, a sujidade, a misria, a corrupo, os saldos amargos, a austeridade para tantos, a abulia, as doenas, as deficincias, os atrasos, as desigualdades, os maus tratos, a intranqilidade, a insnia, a impotncia, a frigidez, o bom comportamento, as atitudes burguesas, a desnutrio, o abandono, a solido e a tristeza.

XII. A partir de agora obrigatria a revoluo que fecunde alegria para todos, o bem estar material e emocional, o sexo criativo, ldico e amoroso, o trabalho no alienante, a paz entusiasta, vontade de rir-se sem ser por motivos estpidos, a amizade contundente, o amor louco e tudo quanto a nossa conscincia exigir para satisfazer as necessidades, pessoais e coletivas, para aproximarmo-nos daquilo que todos sonhamos como um mundo melhor, que um mundo sem explorao, feito por e para uma humanidade renovada. E isso no impossvel.

XIII. inaceitvel ser-se indiferente a esta declarao.

XIV. “No ser o medo loucura que nos obrigar a baixar as bandeiras da imaginao”

Autor: Fernando Buen Abad Dominguez traduo para portugus de um original de Fernando Buen Abad Domnguez, sob o ttulo “Cartas desde el surrealismo N 5.

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