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ANISTIA INTERNACIONAL Pases de Lngua Portuguesa m6k5s

Notcias do ms de Junho de 1997 3c645y

Notcias no Brasil

Rio Grande do Norte Anistia teme por testemunhas 13m22

A Anistia Internacional, atravs da Aco Urgente 133/97 (ndice AMR 19/09/97), manifestou preocupao com a segurana de trs testemunhas que deveriam depor no dia 8 de maio contra quatro agentes da polcia civil acusados do homicdio de quatro pessoas em Natal, capital do Rio Grande do Norte. As testemunhas, cujos nomes no so mencionados por razes de segurana, denunciaram ter recebido em sua casa visitas intimidatrias dos prprios acusados e de outros policiais. A organizao cr que a deciso das testemunhas em depor as coloca em uma situao de perigo. Aparentemente, os acusados fazem parte de um esquadro da morte formado por agentes da polcia civil conhecidos como Meninos de Ouro, que, acredita-se, responsvel por uma srie de graves violaes dos direitos humanos - como execues extrajudiciais e torturas - cometidas no Rio Grande do Norte. Um dos acusados est detido preventivamente por causa de um outro incidente, no qual teria ameaado de morte algumas testemunhas.

As trs testemunhas deveriam prestar depoimentos sobre fatos relacionados com uma chacina ocorrida em Nova Natal, no dia 29 de janeiro de 1993, quando policiais civis invadiram ilegalmente uma casa, por volta das 5 horas da madrugada, balearam na perna uma mulher grvida de 17 anos de idade, Jeane Souza de Lima, e, segundo consta, fuzilaram trs homens que dormiam no local, Maurcio Ferreira da Silva, Mrio Csar Silva de Lima e Flvio Roberto de Assis. As autpsias revelaram que eles foram atingidos por mais de cem disparos. De acordo com os informes recebidos, os agentes foram embora levando Jeane consigo, alegando que iriam lev-la para um hospital; em vez disso, a mataram com um tiro na boca.

Informao geral

Uma organizao no-governamental, o Centro de Direitos Humanos e Memria Popular - CDHMP, tem investigado as atividades dos Meninos de Ouro e seus supostos vnculos com algumas autoridades potiguares. No dia 20 de outubro de 1996, um dos seus advogados, Francisco Gilson Nogueira, foi morto a tiros na porta de sua casa por seis homens armados. Seu nome constava em uma lista negra, na qual tambm estavam os nomes de outros membros do CDHMP, do Procurador Geral do estado e de vrios promotores pblicos. Atualmente, um membro do CDHMP que vem recebendo contnuas ameaas de morte est sob constante proteo da Polcia Federal (ver a AU 242/96, AMR 19/32/96, de 21 de outubro de 1996, e sua atualizao, AMR 19/33/96, de 6 de novembro de 1996).

Comumente, as testemunhas de violaes dos direitos humanos no Brasil tm muito medo de depor, e as que tm coragem de faz-lo costumam ser ameaadas de morte. A Anistia Internacional j registrou vrios atentados contra a vida de testemunhas, assim como casos de testemunhas assassinadas antes que pudessem depor. A impunidade quase que absoluta desfrutada pelos perpetradores de violaes dos direitos humanos no pas deve-se, em parte, dificuldade de se proporcionar uma adequada proteo s testemunhas. A Anistia vem recomendando, de forma reiterada, ao governo brasileiro, que organize programas de proteo s testemunhas, tanto em mbito estadual como federal, com o objetivo de fazer frente a esse problema. Embora em alguns estados hajam ocorrido iniciativas recentes e significativas nesse sentido, garantir a segurana fsica de tais testemunhas continua sendo um problema em todo o Brasil.

A Anistia est pedindo s autoridades do Rio Grande do Norte que investiguem imediatamente as ameaas feitas contra aquelas testemunhas e que adotem medidas contra os autores das mesmas. A organizao tambm quer que o governo potiguar garanta a segurana das testemunhas, para que elas possam depor sem medo de represlias, e que acabe com a impunidade no estado, apurando de maneira exaustiva e imparcial todas as violaes dos direitos humanos denunciadas, suspendendo do servio ativo no curso das investigaes os agentes suspeitos de terem cometido abusos e processando judicialmente os responsveis.

ltima hora

De acordo com as notcias publicadas na imprensa brasileira, os acusados foram absolvidos por cinco votos a dois, no dia 9 de maio, pelo Tribunal do Jri de Natal, que acatou a tese dos rus de que "agiram no estrito cumprimento do dever legal". O promotor Fernando Vasconcelos iria recorrer da deciso, argumentando que o veredito foi "contrrio s provas contundentes e tcnicas dos autos do processo, entre elas o laudo cadavrico." Segundo o laudo do Instituto Tcnico de Polcia de Natal, as quatro vtimas teriam sido mortas com mais de cem tiros depois de dominadas. "Temos certeza de que houve queima de arquivo, porque as pessoas que eles procuravam para prender no estavam no barraco", afirmou o promotor Vasconcelos. O inqurito ficou parado "por falta de provas" durante dois anos, e s foi reaberto em 1995 a pedido da promotoria.

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