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Oficinas Aprendendo e Ensinando Direitos Humanos 163l4z

Vivncia de uma oficina pedaggica
EM DIREITOS HUMANOS

1.1 Apresentao

Esta oficina foi realizada durante o Curso "Oficinas Pedaggicas em Direitos Humanos," no perodo de 17 a 19 de Maio do corrente ano, no Hotel Caiara em Joo Pessoa.

Participaram do evento: representantes de entidades de Direitos Humanos (Anistia Internacional, Servio de Educao Popular de Guarabira, Pastoral Carcerria, Fundao de Defesa dos Direitos Humanos Margarida Maria Alves, Associao Santos Dias, Cunh Coletivo Feminista, AMAZONA, Sociedade de Assessoria ao Movimento Popular e Sindical, Centro de Defesa e Memria Popular do Rio Grande do Norte, Centro da Mulher 8 de Maro, Movimento do Esprito Lils, Ncleo de Defesa da Vida, Sindicato dos Trabalhadores da Escola Tcnica Federal e Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidado), professores da rede de 2o grau, estudantes e docentes da rea de Direito, Comunicao, Psicologia, Servio Social, bem como representantes sindicais, totalizando assim, 48 participantes.

1.2 Desenvolvimento da Oficina

1.2.1 Dinmica de Apresentao dos participantes

  • Apresentao oral e individual nome, ONG ou rgo a que est vinculado e experincia de educao em direitos humanos.

1.2.2 Apresentao dos objetivos da Oficina

  • Caracterizar a perspectiva histrico-crtica da construo dos Direitos Humanos;

  • Vivenciar uma oficina pedaggica sobre os determinantes da problemtica dos direitos humanos hoje na nossa sociedade;

  • Aprofundar na fundamentao e operacionalizao da estratgia didtica de oficinas pedaggicas;

  • Construir uma oficina pedaggica de Direitos Humanos sobre tema relativo ao mbito de atuao dos participantes.

1.2.3 Apresentao de uma sntese histrica da Educao em Direitos Humanos.

1.2.4 Dinmica de Sensibilizao e Integrao do grupo

  • A facilitadora solicita que cada participante pense sobre algo que o faz feliz;

  • Sinaliza,de forma aleatria, cada participante com smbolos, de modo a estruturar grupos de trabalho;

  • Cada participante compartilha o que o faz feliz, em seguida deixa uma mensagem para o grupo. O grupo sintetiza a mensagem e escolhe um modo de apresent-la ao coletivo;

  • Apresentao das mensagens;

  • Distribuio da letra da msica Direito Direito, de Jorge King, Srgio Tonelada, Fernando Partideiro, Z Antnio e J.C. Couto; a ser tocada em gravador e acompanhada pelo grupo.

Direito Direito


(Jorge King Serginho Tonelada Fernando Partideiro Z Antonio J.C. Couto)

hora da verdade


A liberdade ainda no raiou


Queremos o direito de igualdade


Viver com dignidade no representa favor

Hoje a Vila se faz mais bonita


E se apresenta destemida


Unida pelos mesmos ideais


Lutando com maior sabedoria


Contra os preconceitos sociais, a Declarao

A Declarao Universal no um sonho


Temos que fazer cumprir


A justia cega mas enxerga quando quer


J est na hora de assumir, eu sei


Sei quem espera sempre alcana


Mas a esperana no acabar


Cantando e sambando acendo a chama


E o sonho de um novo dia clarear, clarear

Clareou, despertou amor que a fonte da vida


Vamos dar as mos e lutar


Sempre de cabea erguida

Quando o amanh surgir, surgir


A flor vai se abrir, se abrir


Ser prosperidade


A brisa vai trazer mais alegria


No mundo haver fraternidade

Direito Direito, est na Declarao


A humanidade que tem razo

1.2.5 Dinmica da rvore

A facilitadora explica a tcnica da rvore a ser utilizada:

  • Copa: representa aqueles aspectos da vida social, que experimentamos no cotidiano e fazem o povo feliz ou infeliz.

  • Razes: simbolizam as causas dos problemas sociais anteriormente identificados (ex.: colonialismo, capitalismo, neoliberalismo, globalizao, escravido etc.).

  • Tronco: representa as mediaes sociais e institucionais (ex.: religies, escola, Estado, famlia, mdia, partidos polticos, movimentos sociais, sindicatos, empresas, rgos do governo etc.).

1.2.6 Depois de se preencher conjuntamente a copa da rvore, o grupo dividido em pequenos grupos para construo das razes e do caule da rvore

Apresentao do resultado dos grupos.

  • Reflexo terico-prtica: a partir das rvores produzidas, a facilitadora focaliza os aspectos convergentes, alertando para a relao entre as aes voltadas para as necessidades emergenciais a copa - e as intervenes na perspectiva de atingir as causas - as razes das questes sociais -, considerando a atuao de diferentes atores sociais e institucionais o tronco.

1.2.7 Fundamentao Terica dos Direitos Humanos

  • Apresentao dos princpios fundamentais orientadores da proposta sobre os Direitos Humanos a ser trabalhada.

1.2.8 Esquema de uma proposta metodolgica para a educao em Direitos Humanos.

DIREITOS HUMANOS: princpios fundamentais


Elaborado por: Candau Sacavino/92

EDUCAO EM DIREITOS HUMANOS


Uma Proposta Metodolgica

  • Leitura em grupo do texto: Educao e Ao pelos Direitos Humanos, retirando de MOSCA, Juan Jos e AGUIRRE, Luz Perz. Direitos Humanos - pautas para uma educao libertadora. Petrpolis: Vozes, 1990. p. 19-20. ;

Educao e Ao pelos Direitos Humanos

(...) Somos plenamente conscientes que no existe um verdadeiro processo educativo que no seja ativo. De fato, pais de famlias, professores, educadores, animadores de grupos, militantes etc. convertem-se em agentes pedaggicos na prpria medida em que praticam os Direitos do Homem. Eles no so aprendidos de cor, mas praticados. Caso contrrio, morrem e desaparecem da conscincia da humanidade.

No que diz respeito ao ensino dos Direitos Humanos, estamos persuadidos de que no h, de um lado, experts e, de outro, ignorantes. Todos somos especialistas do humano, ou indigentes, e a tarefa de humanizar deve brotar de nossas iniciativas educativas. Neste campo, podemos afirmar com segurana; ningum educa ningum. Aqui, os seres humanos educam-se em comunho! Ningum tem o monoplio dos elementos humanizantes. Todos temos algo que dar e algo que receber.

Este trabalho que aqui apresentamos quer refletir tambm a preocupao por uma informao mnima, que a base de toda possvel ao no campo dos Direitos Humanos, e nosso desejo de evitar ficar no plano do discurso terico a respeito do assunto. Esta dupla ambio marca, tambm, nossa limitao. Pretendemos apenas ganhar um lugar junto a tantos outros esforos e convidar a todos os seres de boa vontade a se converterem, onde quer que estejam, em entusiastas e entusiasmantes educadores dos Direitos Humanos.

Se este entusiasmo, se este ensinamento, se os Direitos Humanos no impregnam o processo educativo, especialmente das novas geraes, no h progresso possvel em tal campo.

Podemos educar para os Direitos Humanos? Talvez alguns respondam rapidamente que sim. Ns a partir da experincia histrica achamos que no impossvel, nem tampouco fcil. Inicialmente necessrio conhecer os Direitos e itir tambm que seu conhecimento no se limita ao mero enunciado dos 30 artigos a Declarao Universal, mas que implica no descobrimento e na prtica de certas atitudes complexas e exigentes. E isto assim porque os Direitos Humanos no so neutros, no toleram qualquer tipo de comportamento social, poltico ou cultural. Exigem certas atitudes ao mesmo tempo que repelem outras.

Um dos maiores obstculos para a difuso da educao em Direitos Humanos o abismo existente entre o discurso, as palavras e os fatos, as atitudes. Se um educador, se um sistema escolar, pretende educar para os Direitos Humanos, deve sempre comear por pratic-los. No h educao para os Direitos Humanos, no h projeto educativo vlido neste campo sem profundo compromisso social por torn-los realidade. E isto comea ao se descobrir que o prprio educando, sobretudo ele, possui Direitos inalienveis e no manipulveis.

Neste territrio pedaggico no existe um ensino neutro. E, alm disso, historicamente, todo ensino tem sido uma tarefa na qual o educador, consciente ou inconscientemente, tomou partido claramente por uns e outros valores, procurando inculc-los nos demais. Isto assim porque educar no se restringe nunca a mera informao. Educar tambm transmitir convices, esperanas, afetos, desiluses e compromissos... Em ltima anlise, na origem de qualquer processo educativo existem perguntas bsicas que no podem ser eludidas: Que tipo de sociedade e de pessoa devo defender e transmitir? ou Que sistema educacional se ajusta mais a esta opo? E, logicamente, estas perguntas no so exclusivamente tericas, esto unidas a uma prtica e esto dirigidas tanto aos indivduos como aos Estados. (...)

Superar o divrcio entre a teoria e prtica, no campo dos Direitos Humanos, o maior desafio atual. Muitas vezes, a teoria educativa no chega a se arriscar e se sujar com a prtica quotidiana. H uma tendncia em eludir esta responsabilidade por parte dos educadores e dos centros com seus programas educativos.

Estabelecer relao entre a teoria e prtica implica a participao ativa dos mesmos educandos no prprio centro da ao educativa, negando a outra relao, alienante, que os considere como meros depsitos a se encher com determinadas informaes. E isto considerando que, como disse Bakunin: A liberdade s se ensina com a liberdade!

Levantamento das Questes Terico-Metodolgicas:

  • relao Teoria e Prtica;

  • articulao Contedos/Valores/Atitudes/Compromisso;

  • desmistificao da neutralidade;

  • apropriao do conhecimento produzido socialmente;

  • relao dinmica entre dar e receber, aprender e ensinar;

  • o cotidiano e as prticas sociais como ponto de partida e chegada;

  • processo educativo ativo, dialgico e democrtico;

  • desnaturalizao dos problemas sociais:

  • desvelamento das razes dos problemas sociais.

Fundamentao Terico-Metodolgica


das Oficinas Pedaggicas

OFICINAS PEDAGGICAS
Uma estratgia privilegiada

CONCEPO PEDAGGICA

  • Pedagogia da indignao

  • Pedagogia da irao

  • Pedagogia das convices firmes

SIME

FUNDAMENTAO

  • FILOSFICA: PERSONALISTA/CRTICA

  • PSICOLGICA: CONSTRUTIVISMO

  • PEDAGGICA: CRTICA/ DIDTICA FUNDAMENTAL

  • OUTRAS ATRIBUIES

1.2.9 Jogo de Associaes Livres para entrar no o processo de avaliao

  • Distribuio de palavras escritas em cartolinas no centro da sala. Dividido o grupo em duplas, cada uma escolhe uma palavra para avaliar a oficina (partido, quilombo, samba, roda, onda, tribo, mutiro e outras);

  • Apresentao dos diferentes significados das palavras escolhidas pelas duplas. A palavra escolhida deve ser associada ao que significou a oficina para o grupo.

1.2.10 Avaliao da Oficina pelos participantes

Trabalho em grupo:

  • Identificar as fases vivenciadas na oficina, seus objetivos e os recursos utilizados (Apresentao dos participantes, apresentao do tema e dos objetivos da oficina, desenvolvimento - sensibilizao, contextualizao do tema, reflexo terico metodolgica, fechamento e avaliao);

Definir o que no uma oficina:

  • Uma mera transmisso de conhecimento;

  • No um ao autoritria e individualista;

  • No uma aula, uma palestra;

  • No uma receita pronta.

Conceituar o que uma oficina para o grupo:

  • um mtodo de trabalho criativo e dinmico que visa produo de conhecimento, com vistas a criar uma nova ao

  • um espao de conhecimento socializado;

  • um trabalho coletivo que nos leva a produzir e circular conhecimentos, possibilitando novas vivncias, baseadas na humanizao e democracia;

  • Processo de construo coletiva do conhecimento, que implica uma interao recproca entre educador e educando (dimenso dialtica), considerando o contexto e o lugar social vividos pelos sujeitos, possibilitando a construo de conceitos, que tem como conseqncias:

  • "reforo da sociabilidade centrada no coletivo;

  • valorizao da experincia dos sujeitos;

  • "reforo didtico-pedaggico, com o objetivo de melhorar o trabalho de modo a produzir efeitos que provoquem mudanas qualitativas na sociedade;

  • No uma brincadeira, um lazer.

Sntese consensual a partir das definies dos grupos.

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