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GERALDO MAGELA F. T. DA COSTA 702021

DADOS PESSOAIS 6k1e48

Nasceu em 1950 no municpio de Caic, Rio Grande do Norte, filho de Luis Fernandes da Costa e Francisca Jandira Torres Fernandes da Costa.

ATIVIDADES 22tr

Gerardo era poeta e jornalista. Durante o perodo em que residiu em Itu/SP, participou do jornal BIDU, gazeta potica e poltica que mobilizava a juventude daquela cidade do interior paulista. Depois, ou a morar em Sorocaba, onde prestou exame vestibular na Universidade local, tendo alcanado a 5a srie do curso de medicina. Como estudante universitrio engajou-se no movimento estudantil, inclusive foi eleito presidente do Diretrio Central dos Estudantes da Universidade de Sorocaba. Era amigo de Alexandre Vanucci Leme, estudante de Geologia na USP e assassinado pelo DOI-CODI do II Exrcito na mesma poca de Gerardo. Era sobrinho, pelo lado materno, do ex-deputado e ex-prefeito de Caic, Manoel Torres.

CIRCUNSTNCIAS DA PRISO E MORTE 3j256

Gerardo morreu em 28 de maio de 1973. Segundo a verso oficial divulgada pela represso poltica, Gerardo teria se suicidado, atirando-se do Viaduto do Ch, centro de So Paulo. A causa da morte do militante poltico foi atribuda a traumatismo crnio-enceflico. O laudo foi assinado por Otvio DAndria, legista da ditadura militar, responsvel por inmeros laudos falsos de morte de prisioneiros polticos, a exemplo de Lus Eurico Tejera Lisboa, morto sob torturas em So Paulo. Paradoxalmente o laudo oficial no registra, no cadver de Gerardo, nenhuma outra fratura ou mesmo escoriaes, provveis em algum cado de uma altura razovel. O jornal francs, Le Monde, veiculou poca a morte de Gerardo, atribuindo-lhe motivao de natureza poltica. Gerardo teria sido enterrado no cemitrio de Perus/So Paulo com o nome verdadeiro.

SITUAO ATUAL 4y546t

Em 27 de outubro de 1977 foi exumado o corpo de Gerardo, para logo em seguida ser reinumado na sepultura 537, quadra 08, gleba 02 do cemitrio de Perus. Gerardo Magela no consta da relao oficial de mortos e desaparecidos polticos do Brasil. Sua famlia nega-se a pronunciar-se a respeito dos acontecimentos que resultaram na priso e morte de seu ente querido. Informaces indicam que a famlia teria selado um acordo com os rgos de segurana para obter os restos mortais de Gerardo, em troca do silncio absoluto sobre as circunstncias reais do assassinato do jovem estudante. O Centro de Direitos Humanos e Memria Popular (CDHMP), questiona que os restos mortais enterrados em Caic pela famlia, sejam realmente de Gerardo. No contexto desse acordo feito com a represso, no foram realizados os exames tcnicos e cientficos (DNA, por exemplo ) que comprovassem a verdadeira identidade dos despojos, restando, no limite, a dvida e incerteza, que s ser dissipada quando da exumao do suposto Gerardo Magela.

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